Na tarde de hoje, 19, a EEM Santa Tereza promoveu um debate virtual sobre racismo e políticas públicas, através da plataforma Google Meet. O projeto, idealizado pelos professores da disciplina de Formação para a Cidadania, surgiu da necessidade de discutir um pouco mais temáticas relacionadas à semana da Consciência Negra, que tem culminância nesse feriado do dia 20 de novembro.
Participaram da aula alunos das três séries do ensino médio e EJA, além dos professores da disciplina, Luis Junior e Ravel Moreira, o professor Vinícius Freire (Sociologia e Filosofia) e o diretor escolar, Paulo Robson, como mediador. Também estiveram presentes na sala os professores Anísio (Matemática), Evantuil (LEC) e Darciene (Multimeios).
Na ocasião, o diretor da escola Paulo Robson fez a abertura e administrou o tempo de fala dos professores. O primeiro a usar a palavra foi o professor Ravel Moreira. Ravel explicou as diretrizes da disciplina formação para a cidadania além de sua importância para a formação critica e emocional do estudante.
Na sequência, o professor Luis Junior discorreu sobre o racismo estrutural no Brasil a partir da perspectiva do professor Silvio Almeida. Racismo estrutural sendo a formalização de um conjunto de práticas institucionais, históricas, culturais e interpessoais dentro de uma sociedade que frequentemente coloca um grupo social ou étnico em uma posição melhor para ter sucesso e ao mesmo tempo prejudica outros grupos de modo consistente e constante causando disparidades que se desenvolvem entre os grupos ao longo de um período de tempo. O racismo social também foi chamado de racismo estrutural, porque, segundo Carl E. James, a sociedade é estruturada de maneira a excluir um número substancial de minorias da participação em instituições sociais. Por muito tempo imperceptível, essa forma de racismo tende a ser de tamanha dificuldade de percepção tendo em vista um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas enraizadas em nossa cultura, promovendo direta ou indiretamente, a segregação e preconceito racial.
No bloco final, o professor Vinicius Freire fez uma explanação sobre a política de cotas, desconstruindo a narrativa negacionista que tenta desqualificá-la a partir do mito da democracia racial. Vinicius discorreu ainda, sobre a construção e importância das cotas para a diminuição da desigualdade no acesso ao ensino superior no Brasil, mostrando como a partir da política de cotas, o número de negros e pessoas de baixa renda que tem acesso a educação superior aumentou no Brasil.
Após a fala dos professores os alunos fizeram algumas intervenções com perguntas, elogios e comentários sobre a temática, confirmando a boa participação e validando a realização do evento.
Texto organizado com apoio dos professores debatedores.